segunda-feira, maio 03, 2010

Sem medo de escolher


O preconceito é uma barreira entre dois conceitos ou pensamentos diferentes, distanciando assim grupos de pessoas.

Já quando este preconceito passa a apontar uma escolha sexual, por exemplo, a relação se torna agressiva. Com cenas e situações descontroladas vistas tantas vezes pelo país, o governo realiza campanhas contra a homofobia, ainda sem aprovação do Senado, se aceita, a lei 5003 de 2001 com novo projeto de lei nº 122/ 2006, considera crime com pena de reclusão de um a três anos e mais multa, segundo determina art.20 da lei: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”.

Antigamente as relações entre dois homens eram abertamente declaradas. Entre os gregos não havia preferência, a bissexualidade acontecia.

A sociedade segue regras impostas desde os primórdios. No decorrer do tempo, a teoria de Darwin fez com que separasse os sentidos sobre sexualidade e procriação, dando um novo significado ao que antes era pecado, assim introduzido como um prazer.

Psicólogos acreditam na opção em decorrência do meio vivido pela pessoa e a maneira dos pais educarem, porém não são razões concretas.

Na foto, grupos de jovens se mobilizam pela legislação contra homofobia - GLTS (Gays, Lésbicas, Transexuais e Simpatizantes) pelas causas na Conferência Nacional da Juventude

Segundo a genética, essa sensação de desejo pelo mesmo sexo pode ser adquirida desde o nascimento, nada comprovado, mas existem muitas hipóteses.

O psicanalista Freud, no começo do século XX deu três fatores determinantes da homossexualidade: o primeiro seria a forte ligação afetiva materna, o que impediria de se ligar a outra mulher; o segundo refere-se ao narcisismo, o qual consegue se ligar somente ao do mesmo sexo; ou o processo de castração, relativo à ideia de perda, causando repulsa ao outro sexo.

Ainda na ciência, pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram a identidade sexual vinculada aos genes, de acordo com uma variação nos cromossomos individuais. Outra pesquisa buscou em regiões do cérebro - responsáveis pelas emoções e sentimentos eróticos - se há diferença entre a de um heterossexual e homossexual, publicada na revista Science. Pera lá! Não se assustem! Isso não quer dizer que é comprovado que você poderá ter filhos com cromossomos alterados.

Em nome da moral a sociedade se tornou discriminatória. Crenças deliberam o que é certo ou errado. De acordo com a psicóloga Alcionéia Scremin as pessoas se encontram num estágio de hipnose. “Ouvimos palavras que distorcem o nosso pensar e negam nossa experiência. Estamos hipnotizados pela sociedade, pela escola (...)”, justifica (publicado no jornal Amorim).

Nesse momento não se trata de discernir uma escolha da outra, ou julgar como uma ação depravante, mas algo que não deve ser alvo do preconceito.


Depois da discussão em torno de uma suposta legislação na África de extinção dos homossexuais no país, o Brasil sai na frente contra o preconceito. As cores do arco-íris estamparam a frente da Esplanada dos Ministérios no dia 19 de maio, data que marcou a Marcha Nacional contra a Homofobia, onde ativistas do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) levantaram a bandeira contra a discriminação no Brasil, fazendo pressão para a Câmara aprovar a lei em trâmite desde 2006 (especificação no texto acima). O presidente do movimento é Toni Reis, o qual questionou a necessidade de retomada de consciência também das universidades (após escandâlos de jornal universitário) e da religião. Na foto, casal de homossexuais em caminhada pelas causas conjugais e de maternidade através de adoção.

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